Meninas, agora temos uma colaboradora com posts de livros, eu amo o assunto, pena que não consigo ler tantos livros quanto gostaria, por isso convidei a Roberta, pessoa super querida que tem um blog voltado para o assunto e faz resenhas ótimas, para participar do nosso blog, semana passada ela vez seu primeiro post (clica aqui para rever).
Autor: Stephen Chbosky
Editora: Rocco
Ano: 2012
Páginas: 224
Gênero: Diário; Best-Seller; Amizade; Reflexivo;
Nota: 5/5
“Então, esta é a minha
vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda
estou tentando entender como posso ser assim.” (As Vantagens de Ser Invisível).
Não
sei o que eu esperava desse livro. Ao mesmo tempo em que eu queria lê-lo eu
também não queria. Sabe aquela dúvida existencial que às vezes paira sobre
nossas cabeças como nuvens espessas de chuva? Foi o que eu senti desde o começo
da leitura. Foi difícil dar uma nota para esse livro e foi difícil avalia-lo.
Ele me deixou com as emoções afloradas. Foi o melhor e o pior livro que eu já
li. Agora explico o motivo. Pior porque me fez refletir todos os meus anos como
estudante – desde a quinta série – e eu me senti sendo Charlie, invisível a
todos. Claro que eu tentava “participar”, mas parece-me agora que nunca fiz o
que eu realmente queria sabe? Nunca impus a minha vontade e apenas sobrevivi
por muito tempo. O melhor porque descobri que posso melhorar. Posso ser uma
pessoa melhor, só depende de mim.
Charlie
é um garoto de quinze anos que passou a vida toda invisível ao mundo. Ele tinha
apenas um amigo Michael – que cometeu suicídio – e não deixou bilhete nenhum.
Charlie ficou confuso com a reação das pessoas, como se ele fosse o único que
realmente se importava. Logo nas primeiras páginas você se sente tocada pela
sensibilidade de Charlie, e logo vai descobrindo outras características que o
tornam realmente especial. O uso da
palavra especial não tem conotação negativa, como um sentimento de pena. Pelo
contrário. Ele é realmente especial, porque mexe com os sentimentos mais
profundos das pessoas sem querer. Ele é profundo e encanta as pessoas pela sua
ingenuidade. Ele é sincero, sensível e quando se sente muito feliz ou muito
triste ele se expressa com lágrimas. Ele existe, mas é como se não existisse
realmente. Ele é como um sonho. Difícil de interpretar no começo, mas que você
faz de tudo para dormir na noite seguinte e sonhar com a continuação. Desde o
começo parecia que não era ele quem precisava de um amigo, mas sim... Eu. Era
como se as cartas viessem endereçadas a minha pessoa, mesmo que eu nem fosse
nascida ainda.
Definitivamente,
Charlie me fez enxergar os detalhes que realmente são importantes e que o
“participar” não é apenas estar presente diante dos acontecimentos, mas sim
tomar uma atitude quando for necessária. Charlie me ensinou a superar os medos
e traumas do passado e seguir em frente, sem medo. Sempre indicando bons livros
e músicas, ele me mostrou que é fundamental participar de verdade das coisas.
Vi o amadurecimento de Charlie e posso me inspirar nele para crescer. Esquecer
os medos. E abrir caminho para as coisas novas e boas. Não ter medo do que o
futuro me revelará. E enfrentar tudo com muita força sem me esquecer das
pessoas que me ajudaram a chegar lá. Mostrou-me a força para também ser
infinita. Que todas as suas, as minhas e as nossas realizações sejam infinitas.
“Eu sei que tem
pessoas que dizem que essas coisas não acontecem, e que isso serão apenas
histórias um dia. Mas agora nós estamos vivos. E nesse momento, eu juro. Nós
somos infinitos”. (As Vantagens de Ser Invisível).
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